quinta-feira, 20 de março de 2008

FIM




(Mario Faillace)



O coração sangrava. Outrora apaixonado, gotejava agora, em vermelho, suas lembranças.
Alegrias e frustrações vinham à tona. O fim não representava alívio. Tinha tesouros que eram seus para sempre, mas sabia que seguiria só, dali para a frente, e isso não o deixava feliz.

Arrumou a mesa de jantar e, sem companhia, fez sua ultima refeição naquele lugar. Entrou no carro. Não levava bagagem, mas o porta-malas não fechava, lotado de recordações.

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